sábado, 22 de janeiro de 2011

Obrigado.



Estou de  volta. Fiz algumas viagens e tenho algumas histórias para contar... . Espero que gostem.
Não vi baleias a dançar mas quase... As viagens vão por isso continuar.
(Obrigado por esperarem e pelos e-mails, sms's e bilhetes a pedir histórias.)


Filipe Lascasas

3 comentários:

  1. “…Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
    - É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
    - Criar laços?
    - Exactamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

    - Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

    No dia seguinte o principezinho voltou.
    - Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.

    E voltou, então, à raposa:
    - Adeus, disse ele...
    - Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
    - O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
    - Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
    - Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
    - Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!”

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  2. Saint Exupery... Não sou digno.
    Ainda bem que escrevi no título "Obrigado".

    FL

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